Material: Madeira de Acácia revestida de ouro puro no interior e exteriormente. Um propiciatório e os querubins de ouro puro.
A arca era um baú sem tampa que Deus mandou fazer de madeira. Ninguém poderia tocá-la, seria morte certa (Uzá morreu por ter tocado na arca - IISm 6:6 e 7). Ex 25:10-16 Dentro da arca havia os objetos símbolos da intervenção direta de Deus no trato do seu povo.
Comentário: A tampa da arca chama-se propiciatório, segundo 1Jo 2:2 e 4:10 diz "...ele é a propiciação pelos nossos pecados". Isto significa que a tampa da arca simboliza Cristo. A verdadeira arca do concerto encontra-se no céu (ver Ap 11:19)
A arca construída pelo povo de Deus e que foi colocada no santíssimo, logo após a destruição do templo de Salomão pelos babilônicos em 586 a.C, segundo a tradição judaica diz que ela foi escondida por homens santos antes de a cidade ser saqueada, por isso ela não estava no templo de Zorobabel nem o de Herodes.
Deus escreveu os mandamentos em duas tábuas de pedra que Ele mesmo tinha lavrado e o entregou a Moisés. Pela rebeldia do povo, Moisés as quebrou e então teve de lavrar outras pedras e levá-las a Deus que escreveu novamente os mandamentos. Essas tábuas foram colocadas dentro da arca, como símbolo da Justiça Divina. (Ex 24:12; 31:18; 32:19; 34:1; 34:4).
Propiciatório: O vocábulo assim traduzido se deriva de uma raiz que significa "cobrir", "perdoar" o pecado. Representava a misericórdia divina. Em forma significativa, o propiciatório era feito de ouro puro, o que implicava que a misericórdia é o mais precioso dos atributos divinos. Estava localizado por cima da lei, assim como a misericórdia sobrepuja à injustiça (Sl 85:10; 89:14). Eram necessários tanto a arca como sua justiça como o propiciatório com sua misericórdia para revelar plenamente a maneira como Deus procede com os homens.
A arca e o propiciatório eram o coração do santuário. Por cima do propiciatório repousava a Shekinah, o símbolo da presença divina. As pranchas da lei dentro do arca atestavam que o reino de Deus está baseado sobre normas imutáveis (Sl 97:2), a qual devem ser respeitadas até pela graça divina.
Apoiando-se na lei, Deus e o homem não podem voltar a unir-se, pois agora o pecado os separa (Is 59:1,2), então, o propiciatório orvalhado de sangue, aproximam-nos um do outro, graças a mediação de Cristo em nosso favor (Hb 7:25).
A local chamado de santíssimo onde estava a arca e o propiciatório mostra-nos:
Cristo como MEDIADOR I Timóteo 2:5
Cristo como ADVOGADO I João 2:1
Cristo como SUMO-SACERDOTE Hebreus 10:21
Shekiná: Uma luz misteriosa que pairava sobre o propiciatório, era a manifestação da presença de Deus.
Conteúdo da arca: Segundo Hb 9:4 havia na arca os 10 mandamentos, uma vasilha com maná e a vara de Arão. Aqui é necessário fazer um comentário sobre esses 3 itens:
A arca era símbolo do trono de Deus, era a mobília mais sagrada do Tabernáculo. Na realidade, o Tabernáculo foi construído a partir da arca, de forma que seria o meio pelo qual Deus poderia morar entre as pessoas. Foi o primeiro artigo de mobília feito após Deus ensinar a Moisés construir o Tabernáculo (Ex 25:8-10).
A arca foi chamada por muitos nomes. Era conhecida como "a arca do testemunho" (Ex 25:22) por ser o local que guardava as duas tábuas da lei; "a arca da aliança" (Nm 10:33), falando da relação do concerto de Deus com o seu povo; "a arca de Deus" (1 Sm 3:3) e tantos outros.
Em Hb 9:4 fala-nos que na arca continham três objetos: "...um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha brotado, e as tábuas da aliança." Alguns pensam haver uma contradição bíblica, pois em 1Rs 8:9 apresenta apenas as tábuas da lei como estando na arca, mas esta não é uma contradição. Hb 9:4 descreve o conteúdo original da arca, enquanto 1Rs 8:9 registra o conteúdo da arca na hora do Templo de Solomão.
Deus orientou a Moisés selecionar um representante de cada tribo e trazer uma vara de amêndoa com o nome da tribo para prover prova adicional do direito de Arão para ser o sumo-sacerdote. A vara do homem que Deus tinha escolhido floresceu. Todas as 12 varas foram postas no Tabernáculo antes do testemunho. A manhã seguinte, a vara de Arão tinha brotado, tinha florescido, e tinha rendido amêndoas (17:8). A vara de Arão foi colocada na arca como sinal contra os rebeldes, provando que ele teve o direito de ser sumo-sacerdote.
VARA DE ARÃO: O cajado de Arão floresceu como uma confirmação que Deus havia escolhido a Tribo de Levi para o sacerdócio e a Arão, representante dessa tribo, como líder religioso da nação. Foi colocado na arca como um símbolo da Liderança Divina. (Nm 17:8). Símbolo também do evangelho que deve ser anunciado a todas as pessoas (evangelho eterno), ele usa a vara para ir adiante, a videira verdadeira. Os cristãos tem a responsabilidade de conduzir a mensagem da salvação a todos os povos. Cristo é a videira Jo 15:1, nós somos os ramos Jo 15:5. Arão leva a vara para anunciar a vontade de Deus.
A vara de Arão - A história da vara brotando é registrada em (Nm 16 e 17). Foi após reunirem muitos das tribos desafiando o grande líder sob acusação de não mais ter direito de liderar ou conduzir as pessoas, tal desfio foi aceito e Deus vindicou a liderança dele abrindo o chão que tragou os que estavam contra o patriarca, (Nm 16:32). Os que tinha se rebelado contra Moisés foram destruídos através do fogo que veio de Deus (Nm 16:35).
O MANÁ: O maná foi o alimento enviado por Deus para alimentar o povo de Israel quando estavam viajando pelo deserto a caminho da terra prometida. Era uma massa alimentícia que pela manhã estava ao alcance das pessoas enquanto o sol não o derretesse. Esse milagre aconteceu durante 40 anos, até quando eles entraram em Canaã. Havia uma porção no maná na arca como símbolo da Proteção e Cuidado Divinos. (Ex 16:4). Outra lição que podemos tirar é que Deus não alimenta preguiçosos. O Senhor enviava o maná ao deserto, ele caia no deserto, quem quisesse, então, deveria ir lá buscar, se não fossem ficariam com fome, ninguém poderia trazer o do outro, mas cada um devia buscar o seu, se trouxessem mais do que o devido apodreceria, somente na sexta-feira por causa do sábado era permitido trazer o dobro. Assim, a "ração" que você precisa para se alimentar espiritualmente, é você quem deve ir buscar. Todos os dias caia o maná, cedinho e já estava lá, todos os dias precisamos do alimento espiritual, se não formos pegar o "maná espiritual" o calor do sol derreterá e morreremos de fome. Quando não nos alimentamos do "maná" que é a busca diária de Deus todos os dias pela manhã, então os dardos inflamados do maligno poderão nos derreter, o calor dos problemas e das provações nos colocarão em uma posição tão delicada a ponto de sermos derretidos pelos ventos dos problemas.
O Maná - O primeiro artigo mencionado é a "panela que continha o maná," a comida provida por Deus para as crianças de Israel durante os 40 anos no deserto. A palavra maná em Ex 16:15 um transliteração é de duas palavras hebréias expressadas em inglês como o que é? Também é conhecido através de três outros nomes na Bíblia: "pão do céu" (Ex 16:4); "pão dos anjos" (Sl 78:25); e "pão" (Nm 21:5).
A LEI: Segundo o livro de Gl 3:24-25 a lei do Senhor nos serve como AIO. Na época de Cristo AIO nada mais era do que um guardião, guia de meninos. Entre os gregos e os romanos o nome foi aplicado a escravos fieis que carregavam ou supervisionavam a vida de meninos que pertenciam aos ricos. Assim a Lei nos conduz a Cristo pois esse é seu objetivo. Ela é o único objeto pelo qual não foi inspirado, pois Deus mesmo a escreveu, pelo seu santo dedo. Ex 31:18 É eterna e ainda válida para nossos dias. Sl 19:7 Tudo passará porém ela subsistirá Mt 5:18.
No Velho Testamento registram-se vários milagres em relação a arca, quando as águas do Rio Jordão dividiram-se e assim os israelitas puderam passar, cruzando em terra seca. Pela arca as muralhas de Jericó caíram de maneira miraculosa e várias outras ocasiões que mostravam que a arca era muito respeitada e levada com muito cuidado.
O paradeiro final da arca foi com a destruição do Templo de Solomão em 586 A.C. Existiriam de acordo com alguns estudiosos, algumas opções ao que teria acontecido com a arca do concerto, vejamos:
1) Primeiro, pode ter sido destruída pelos babilônico uma vez que os mesmos poderiam estar interessados no ouro ou sido levada a Babilônia como um troféu de guerra, embora não esteja descrita na lista de artigos confiscados em 2Rs 25.
2) Segundo, uma tradição rabínica afirma que em algum momento, foi escondida em um monte antes dos babilônicos chegarem a cidade. Se esta opção é a verdade, ela ainda poderia estar lá.
3) Terceiro, outra tradição em um dos livros apócrifos diz que Jeremias removeu a arca de Jerusalém (2 Macabeus 2:4, 5).
4) Quarto, outros acreditam que a arca foi transportada ao céu onde descansa agora. É reivindicado apoio para esta visão o livro de Apocalipse 11:19. A pergunta é se esta é a arca atual conhecida a Israel ou uma versão divina no Templo celestial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário