sábado, 15 de janeiro de 2011

OS 144.000 NO SANTUÁRIO

E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Apocalipse 7:4

Introdução:
Ao pesquisarmos de maneira um pouco mais profunda, verificamos que os 144.000 se encontram exemplificados dentro das próprias medidas do santuário!

Para compreendermos isto, precisamos entender o seguinte:

1 - O santuário terrestre foi construído em figura e sombra do santuário celestial (Hebreus 8:5). Portanto, as medidas do santuário terrestre são proporcionais às medidas do santuário, ou templo, celestial.

2 – Na Bíblia, encontramos três ocasiões nas quais Deus dá as medidas para que os homens construam o santuário terrestre. A primeira é quando as medidas são dadas a Moisés, para a construção do tabernáculo. A segunda, quando as medidas foram dadas para Davi, objetivando a construção do templo de Salomão, que permaneceu fixo na cidade de Jerusalém. A terceira vez é dada quando o profeta Ezequiel recebe as medidas do templo. Nesta terceira vez, o profeta recebe não somente as medidas do templo, mas também as medidas da cidade são-lhe passadas por inspiração divina. O relato é encontrado em Ezequiel capítulos 40-48.
As medidas que temos que considerar para verificarmos a razão de proporcionalidade entre o santuário terrestre e o santuário celestial são as medidas dadas para Davi e Ezequiel, por duas razões:

Eram as medidas dos templos nos quais os reis da linhagem de Davi, ascendentes de Cristo em linha genealógica, vinham adorar a Deus;

Era uma edificação permanente, edificada por rochas, representando também a perpetuidade do reino de Cristo, a verdadeira rocha, expressa pela pedra de Daniel 2, e estava localizada em Jerusalém, que era também um “tipo” da “Nova Jerusalém” que está nos céus.
As medidas dadas para o templo de Jerusalém a Davi e à Ezequiel eram as mesmas. Assim sendo, poderíamos pegar qualquer uma delas como base comparativa. Usaremos as medidas que são dadas no livro de Ezequiel, por encontrarmos lá mais detalhes, e também porque temos a facilidade de comparar as medidas da cidade de Jerusalém, dadas por inspiração divina, com as medidas da nova Jerusalém, encontradas no livro de Apocalipse. Vamos então para a análise:

Apocalipse 21:16, nos dá a medida da Nova Jerusalém, a cidade que descerá dos céus para a Terra:

A cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são iguais.

Segundo a Bíblia, a medida da lateral da Nova Jerusalém, a Jerusalém celestial, onde está o templo celestial, é de doze mil estádios, o que equivale aproximadamente à 2.200km. Agora, vejamos qual é o comprimento da Jerusalém literal, dado por inspiração divina a Ezequiel:

30 São estas as saídas da cidade: do lado norte, que mede quatro mil e quinhentos côvados,

31 três portas: a porta de Rúben, a de Judá e a de Levi, tomando as portas da cidade os nomes das tribos de Israel;

32 do lado oriental, quatro mil e quinhentos côvados e três portas, a saber: a porta de José, a de Benjamim e a de Dã;

33 do lado sul, quatro mil e quinhentos côvados e três portas: a porta de Simeão, a de Issacar e a de Zebulom;

34 do lado ocidental, quatro mil e quinhentos côvados e as suas três portas: a porta de Gade, a de Aser e a de Naftali.

35 Dezoito mil côvados em redor; e o nome da cidade desde aquele dia será: O SENHOR Está Ali. Ezequiel 48:30-33

A medida da Jerusalém terrestre, dada por inspiração divina, que portanto tinha medidas proporcionais às medidas da Jerusalém celestial (Nova Jerusalém), era de quatro mil e quinhentos côvados em cada uma das suas laterais. Quatro mil e quinhentos côvados equivalem a aproximadamente 2,2km. Agora, comparemos as medidas da Jerusalém terrena, dada em Ezequiel, com a Nova Jerusalém, dada em Apocalipse:

Nova Jerusalém = 2.200km

Jerusalém = 2,2km

Vemos que a relação entre elas é 1000, ou seja, A NOVA JERUSALÉM É 1000 VEZES MAIOR QUE A JERUSALÉM DE ISRAEL. Assim, o santuário celestial ao qual se refere Apocalipse 3:10 também é 1000 vezes maior que o santuário da terra. As colunas do templo do santuário da terra, cujas medidas foram apresentadas a Ezequiel, tem as seguintes medidas:

Lugar Santo: quarenta côvados de comprimento e vinte côvados de largura (Ez. 41:2);

Lugar Santíssimo: vinte côvados de comprimento e vinte côvados de largura (Ez. 41:4);

Havia duas colunas que ficavam na divisão dos dois compartimentos, com 2 côvados de comprimento cada uma (Ez. 41:3)

Assim, se somarmos as dimensões das paredes do santuário, teremos:

20 côvados de fundo (compartimento santíssimo) + 2 x 60 côvados de largura para cada parede lateral (contando os compartimentos santo – 40 côvados - e santíssimo – 20 côvados) + 2 x 2 côvados de largura das colunas que fazem separação entre os compartimentos = 20 + 120 + 4 = 144 côvados.

Sabemos que o côvado representa a medida de um homem. Assim, o santuário terrestre representava em seus dois compartimentos mais importantes, internos ao templo, a medida de 144 homens. Como o santuário celestial é 1000 maior que o santuário terrestre, vemos que o santuário representa a medida de:

144 x 1000 = 144.000 homens.

Isto também responde o questionamento quanto ao fato de os 144.000 serem literais ou não. Pelo santuário, como acabamos de ver, são literais. Ellen G. White também confirma isto, conforme vemos no livro “Primeiros Escritos”:

Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderão a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Primeiros Escritos, pág. 15

Conclusão: A descrição literal da visão que Ellen G. White teve sobre os eventos finais mencionada no livro Primeiros Escritos confirma o entendimento literal do número 144.000. A frase é explícita, e em um contexto literal afirma-se: “Os santos vivos, em número de 144.000...”. Assim, afirmar que 144.000 não representa um texto literal significa estar em oposição a esta clara asserção do Espírito de Profecia, e por conseguinte estar em erro.


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