Por Gilson Medeiros da Silva
INTRODUÇÃO
Existe uma polêmica com relação à tradução de Lc 23:43, devido à ausência de pontuação no original grego. Duas possibilidades são questionadas para o texto: uma que confirma a doutrina da imortalidade da alma; outra que não dá margem para este pensamento. Ambas encontram respaldo no texto original, porém apenas uma deve ser aceita como sendo a intenção do autor do Evangelho de Lucas. Somente através da análise de passagens paralelas podemos ter uma direção sobre qual a melhor tradução para o texto.
O trabalho ora apresentado está disposto em três capítulos. O capítulo um analisa a presença marcante da doutrina da imortalidade no seio cristão. No capítulo dois é apresentada a forma como o texto grego está escrito e suas variações na pontuação. O capítulo três abordará a posição do grupo cristão que não aceita a tradução que deixa explícita a doutrina da imortalidade. Ao final, é apresentado um Resumo e a Conclusão do estudo.
CAPÍTULO I
TRADUÇÃO HABITUAL DE LUCAS 23:43
A maioria das versões bíblicas traduzem este texto de Lucas, da seguinte maneira: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. [1] Outras versões variam um pouco no que tange à pontuação, como por exemplo: “Jesus respondeu a ele: Eu te digo a verdade, hoje você estará comigo no paraíso”. [2]
As traduções acima baseiam-se na concepção geral de que a alma é imortal, e de que a recompensa humana é recebida após a morte. Willcock confirma isto dizendo que a palavra “hoje”, no texto em estudo, refere-se a “uma imediata recompensa em lugar de outra distante”. [3]
Outra conceituada obra afirma que “a resposta de Jesus garante-lhe [ao ladrão] que ele não precisa esperar nenhum evento futuro, mas que terá uma
experiência alegre e imediata de companheirismo com Jesus ‘no paraíso’”. [4] A concepção geral de que a alma é imortal, e de que logo após a morte já recebe-se a recompensa, leva muitos autores a serem bem enfáticos em suas interpretações. Morris, por exemplo, diz que o ladrão “naquele mesmo dia, entraria no Paraíso”. [5]
Archer é ainda mais claro em suas concepções imortalistas, quando afirma que “foi para o Hades que as almas de Jesus e do ladrão arrependido se dirigiram, depois de terem morrido naquela sexta-feira à tarde”. [6]
A certeza da recompensa imediata após a morte está sempre presente nos comentários dos diversos teólogos. Eles, em sua maioria, aliam a doutrina da imortalidade com a da entrada instantânea no reino de glória, ou paraíso. [7]
Esta doutrina da imortalidade da alma está presente em praticamente toda a cristandade. A própria igreja católica romana expressa em seu catecismo doutrinário que “cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte [...] seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre”. [8] No seu compêndio doutrinário, os mórmons, por exemplo, afirmam que “todos nós éramos espíritos adultos antes de nascer”. [9]
Outro exemplo de grupo imortalista são os batistas, que afirmam que “no estado intermediário a alma é consciente. Continua depois da morte como uma pessoa consciente”. [10]
CAPÍTULO II
A PONTUAÇÃO DO TEXTO GREGO
Encontra-se o seguinte texto no original grego:
kai; ei\pen aujtw'/ !Amhvn soi levgw shvmeron met! ejmou' e[sh/ ejn tw'/
paradeivsw/. - segundo o ms. NA 27. [11]
Entre as versões bíblicas que utilizam a mesma tradução do ms. Siríaco Curetoniano [12] cita-se a tradução Novo Mundo (editada pelas Testemunhas de Jeová), onde se lê: “E êle disse: Deveras, eu te digo hoje: estarás comigo no paraíso”. Como observa-se, o ms. Siríaco Curetoniano (syrc) vincula a palavra “hoje” com o verbo “digo”. [13] A simples colocação dos sinais de pontuação em local diferente confere ao texto bíblico um sentido oposto àquele citado no capítulo anterior. Nesta tradução, as palavras de Jesus não afirmam (ou mesmo sugerem) a imortalidade da alma, bem como o recebimento da recompensa logo após a morte.
Sabe-se que a maioria dos manuscritos antigos não apresentavam sinais de pontuação [14] , o que permitiu que, na colocação destes sinais, o tradutor conduzisse seu pensamento de forma a ser coerente com aquilo que ele, em sua concepção pessoal, acreditava ser o mais correto.
O professor Pedro Apolinário amplia a informação referente à pontuação no grego, quando cita que “somente no século VIII é que foram introduzidos nos manuscritos alguns sinais de pontuação, e no séc. IX introduziram o ponto de interrogação e a vírgula”. [15] Mesmo um dos destacados defensores da imortalidade admite que existe dificuldade em comprovar sua posição:
Os manuscritos originais do Novo Testamento não tinham pontuação, e em face do fato de que o grego clássico (incluindo o koiné, no qual foi escrito o NT) gozava de ampla liberdade no tocante à ordem das palavras, é impossível, à base do próprio texto grego, provar um lado ou outro dessas idéias contraditórias [imortalidade ou mortalidade da alma]. [16]
O Comentário Adventista acrescenta que “é evidente que tanto a conjunção ‘que’ como a colocação de pontuação baseiam-se no entendimento dos tradutores e revisores da RVA, da RVR e de outras traduções, relativo ao estado dos mortos”. [17]
CAPÍTULO III
QUANDO REALMENTE IRÁ PARA O
CÉU O “BOM” LADRÃO?
Até aqui, vê-se que existem duas correntes de pensamento que são diametralmente opostas com relação à tradução de Lc 23:43. Os teólogos que acreditam na imortalidade da alma (a grande maioria) traduzem o texto conjugando a palavra “hoje” com o verbo “estarás”. [18] Os que advogam a mortalidade da alma e o sono inconsciente na morte (Adventistas e Testemunhas de Jeová, por exemplo) colocam a palavra “hoje” em conexão com o verbo “digo”. [19] Levando-se em conta que o texto grego não apresenta pontuação, deixando, assim, margem para ambas as concepções doutrinárias, faz-se necessário analisar outras duas passagens, registradas no evangelho de João, que ajudarão a clarear o estudo da passagem de Lucas.
Jo 20:10-18
Acha-se aqui o relato do encontro de Maria com Jesus, logo após Sua ressurreição na manhã do primeiro dia. Estando ela chorando por não ter encontrado seu amado Mestre, recebe a visita de Jesus que apresenta-Se para confortá-la; então,
Ele faz a Maria uma declaração relevante para o estudo em questão, que pode ser lida no verso 17: “Jesus lhe recomendou: Não me detenhas; pois ainda não subi para
meu Pai” [20] . Jesus morreu antes do pôr-do-sol do sábado (Lc 23:53-56), algum tempo após fazer a promessa ao ladrão.
Ora, se até a manhã do primeiro dia Ele ainda não havia estado com o Pai, então não poderia ter cumprido a promessa de estar com o ladrão “naquele mesmo dia” (sexta-feira). Como analisado anteriormente, o paraíso ao qual Jesus referiu-se é interpretado como sendo o lugar da habitação dos salvos, a restauração do Éden. [21]
Jo 19:31-33
Encontra-se aqui outro relato interessante. Para que os três presos pudessem ser retirados da cruz (e não fosse transgredido o dia de sábado especial que se aproximava), os judeus aconselharam a Pilatos para que as pernas dos “condenados” fossem quebradas, apressando assim sua morte. [22] O verso 32 afirma que “os soldados foram e quebraram as pernas” dos dois ladrões, pois eles ainda estavam vivos. É possível que o ladrão não tenha morrido naquela tarde de sexta-feira, tornando impossível que ele estivesse em seguida “no paraíso” com Jesus. [23]
Do estudo destas duas passagens do evangelho de João, fica evidente que ambos (Jesus e o ladrão) não foram juntos para o céu ou “reino de glória” naquele mesmo dia. [24]
As pessoas responsáveis pelas traduções e revisões do texto sagrado não podem esquecer que “todo estudioso do Novo Testamento precisa estar consciente da iniqüidade que é alterar um texto simplesmente com base em considerações doutrinárias infundadas”. [25]
Comentando a passagem de Lucas, Ellen G. White diz que “Cristo não prometeu que o ladrão estaria com Ele no paraíso naquele dia. [...] Mas no dia da crucifixão, o dia da aparente derrota e trevas, foi feita a promessa”. [26]
Não seria naquela sexta-feira que o ladrão estaria com Jesus no paraíso, “mas será depois da ressurreição dos justos, a qual ocorrerá na segunda vinda do Senhor”. [27]
A doutrina da imortalidade da alma não encontra firme alicerce nos ensinos de Jesus ou dos apóstolos que O sucederam na pregação do cristianismo. Jesus sempre viu a morte como um sono, um repouso inconsciente (cf. Mt 9:24; 27:52; Jo 11:11). [28]
RESUMO E CONCLUSÃO
Verifica-se que existem duas correntes de interpretação para Lc 23:43 – os que a explicam segundo o conceito de que existe a imortalidade da alma, e outra, oposta, que crê na mortalidade da alma e no sono da morte.
Ambas as interpretações podem encontrar base textual devido à falta de pontuação do grego koiné. Porém, não se pode admitir que do mesmo texto bíblico surjam duas concepções doutrinárias inteiramente discordantes entre si. Se o texto original permite tal situação, então tem-se que observar o ensino geral da Bíblia acerca da alma e do estado dos mortos. Foram analisadas duas passagens bíblicas significativas do evangelho de João (19:31-33 e 20:10-18) que mostram que os dois personagens centrais deste relato (Jesus e o ladrão arrependido) não estiveram juntos no paraíso naquele mesmo dia, e um estudo mais amplo sobre o assunto, conforme proposta na bibliografia recomendada, mostra que ainda hoje não o estão.
A correta interpretação desta passagem bíblica está relacionada à concepção pessoal do tradutor acerca da doutrina da imortalidade. Esta doutrina não encontra base bíblica sustentável, uma vez que a Bíblia ensina que a “alma que pecar, esta morrerá” e que todos os que morrem estão “dormindo” até a ressurreição.
Conclui-se, então, que a tradução mais coerente para o texto de Lc 23:43 é a que coloca a pontuação após a palavra “hoje”, como por exemplo: “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso”.
BIBLIOGRAFIA
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[1] Salvo indicação contrária, a versão adotada nesta monografia é a de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada, 2ª edição (São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993).
[2] New International Version (Colorado Springs, CO: International Bible Society, 1984).
[3] J. Willcock, Commentary on the Gospel According to St. Luke, The Preachers Complete Homiletic Commentary, vol. 24 (Nova Iorque: Funk & Wagnalls Company, s.d.), 577.
[4] “The Crucifixion” [Luke 23:26-43], NIV Bible Commentary, ed. Kenneth L. Barker & John R. Kohlenberger III (Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House, 1994), 2:283.
[5] Leon L. Morris, O evangelho de Lucas (São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, reimpressão 1986), 308.
[6] Gleason L. Archer, Encyclopedia of Bible Difficulties (Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House, 1982), 367.
[7] Ver, além dos anteriores: George A. Buttrick, ed., The Interpreter’s Bible (Nova Iorque: Abingdon Press, 1954), 8:411.
[8] Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Catecismo da igreja católica, (São Paulo: Loyola, 2000), 288.
[9] A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Doutrina e convênios - manual do aluno (São Paulo: Centro Editorial Brasileiro, s.d.), 356.
[10] H. W. Tribble, Nossas doutrinas, (Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985), 93. Apesar de o presente trabalho discordar da doutrina da imortalidade da alma, pode-se conferir as seguintes obras para um maior esclarecimento sobre esta doutrina: Ray Summers, A vida no além (Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1971); Russell P. Shedd e Alan Pieratt, eds., Imortalidade (São Paulo: Vida Nova, 2000).
[11] Luiz A. T. Sayão, ed., Novo Testamento trilingüe (São Paulo: Vida Nova, 1998), 244.
[12] Para outras traduções semelhantes a esta, ver: A. B. Christianini, Subtilezas do erro (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1981), 254.
[13] Russel N. Champlin, O Novo Testamento Interpretado (NTI) (São Paulo: Candeia, s.d.), 2:230-231.
[14] Bruce M. Metzger, Manuscriptus of the Greek Bible (Nova Iorque: Oxford University Press, 1981), 31-32.
[15] J. Angus, História, doutrina e interpretação da Bíblia, vol. 1, n. 39, citado em Pedro Apolinário, História do texto bíblico (São Paulo: Instituto Adventista de Ensino, 1985), 69. Ver também: Wilson Paroschi, Crítica textual do Novo Testamento (São Paulo: Vida Nova, 1993), 15-42.
[16] Champlin, NTI, 2:230-231.
[17] “Te digo que hoy estarás” [Lc 23:43], Comentário bíblico adventista del séptimo dia (CBASD), ed. Humberto M. Rasi (Boise, ID: Publicaciones Interamericanas, 1987), 5:855-856.
[18] Champlin, NTI, 2:230.
[19] Ibid.
[20] Grifo nosso.
[21] “Paraíso”, CBASD, 5:855.
[22] Tal costume era conhecido como crucifragium. Ver: “Se les Quebrasen las Piernas”, CBASD, 5:1039.
[23] Lourenço S. Gonzalez, Assim diz o Senhor (Niterói, SP: Assim Diz O Senhor, 1997), 326-328.
[24] Ibid.
[25] Norman Geisler e Willian Nix, Introdução bíblica: como a Bíblia chegou até nós (São Paulo: Vida, 1997), 172.
[26] Ellen G. White, O desejado de todas as nações (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1993), 751.
[27] “Paraíso”, CBASD, 5:856.
[28] Para uma melhor compreensão do ensinamento bíblico sobre o estado do homem na morte e as duas ressurreições, ver: Rubens S. Lessa, Márcio D. Guarda, e Rubem M. Scheffel, eds., Nisto cremos (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1999), 453-468; Estudos bíblicos (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1987), 436-475; Ellen G. White, O grande conflito (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1988), 531-550; idem, Patriarcas e profetas (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1993), 683-689; Rubens S. Lessa, ed., Consultoria doutrinária (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1979), 93-116; Alejandro Bullón, O terceiro milênio e as profecias do Apocalipse (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2000), 79-87.
Um comentário:
Parabéns pelo blog ... que este seja um canal de grandes bençãos e louvor a Deus o ETERNO.
BEijocas
Guilher
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